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Valorização da extensão universitária e progressão na carreira docente.

Após algumas reuniões feitas para tratar da implantação da curricularização nos cursos da UFOP em Mariana, a Coordenação do Cemar identificou uma reivindicação importante para o fomento da prática extensionista entre os docentes: a valorização de tais atividades nos instrumentos de avaliação do extensionista.

Diante disso, o Cemar tomou a iniciativa de elaborar uma proposta de revisão da tabela de pontos para a progressão docente. Na tabela atualmente em vigor (2015), a extensão é, de longe, o segmento que menos pontua, embora seja uma “atividade fim” da universidade, evidenciando que, na UFOP, a prática extensionista é subvalorizada em relação às demais.

Considerando a existência de uma tabela em encaminhamento para aprovação, construída em 2018, em cujos itens já estão incluídas outras atividades em relação à de 2015, esse documento foi tomado para análise qualitativa e quantitativa. No primeiro movimento de computação dos pontos atribuídos a cada grupo de atividades, foi possível constatar, por meio dos dados, a desvalorização a que se referem os docentes.

Tabela 1 - Pontuação atribuída para as atividades docentes na UFOP.

Fonte: Proposta de tabela de desenvolvimento da carreira docente (2018).

Diante dessa evidência, o Cemar procedeu a uma análise qualitativa da mesma tabela (2018), buscando identificar as atividades que são efetivamente realizadas, mas que não são consideradas. A partir daí foi elaborada uma proposta para a revisão da tabela, dando maior valor à prática extensionista. A nova proposta prevê um aumento do valor de itens que já eram pontuados e a inclusão de novas atividades, tais como coordenação de eventos de caráter extensionista, atividades de divulgação científica e avaliação de projetos de extensão, coordenação e vice-coordenação dos centros de extensão, entre outras.

O ponto principal da mudança na planilha é o da valorização do trabalho efetivo dos professores extensionistas. Consequentemente, isso estimulará um número maior de docentes a investirem tempo e esforço na atividade de extensão, além de propiciar condições para a efetivação dos 10% dessas atividades curricularizadas nos projetos de curso. 

A proposta foi apoiada pelo Centro de Extensão de João Monlevade e pela Pró-Reitoria de Extensão da UFOP. Esta última encaminhou a demanda ao Comitê de Extensão, que a aprovou, por unanimidade, no dia 04/11. Na sequência, a Pró-Reitoria encaminhou o requerimento para análise da Progep e da Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD). O documento foi apreciado pelos componentes da CPPD, no último dia 11/11, e será votado por eles na quarta-feira, 18 de novembro, às 14h.

É perceptível o apoio das pessoas envolvidas no processo, especialmente, quando tomam consciência dos dados levantados, os quais materializam o desequilíbrio existente no tripé universitário. Ada Brasileiro, coordenadora do Cemar, diz que: “sabíamos da desvalorização, mas não tínhamos noção de que a diferença era tão grande! É isso que está mobilizando o apoio dos colegiados de cursos, dos colegas, e, especialmente, da Pró-Reitoria, e é isso que nos deixa esperançosos e otimistas!”

Veja aqui a proposta de revisão da tabela.