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Missão e Valores

A missão da Pró-reitoria de Extensão e Cultura e os valores que orientam a política institucional de extensão da UFOP foram definidos no II Seminário de Extensão, que aconteceu no dia 24 de maio de 2017 no prédio da Escola de Direito, Turismo e Museologia (EDTM), no Campus Morro do Cruzeiro, em Ouro Preto. Na ocasião estiveram presentes docentes, técnicos e discentes que atuam em ações extensionistas.

 

Missão da Proex

Fortalecer as ações de extensão universitária, reforçando o protagonismo da UFOP na mobilização de esforços da comunidade acadêmica e de outros segmentos da sociedade, para a construção de processos de conhecimento e transformação das realidades sociais em consonância com a Política Institucional da UFOP e com a Política Nacional de Extensão Universitária, buscando sempre a transversalidade, a inclusão, a dialogicidade e a valorização das ações de forma humanitária e consciente.

 

Valores que orientam a extensão na UFOP

  • RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
    A reflexão sobre responsabilidade socioambiental se insere em um debate mais amplo diante das reivindicações ético-políticas a uma experiência social marcada por relações de respeito à dignidade e aos direitos fundamentais dos seres humanos, em particular os direitos individuais, os coletivos e os difusos. Essa responsabilidade surge como valor capaz de orientar as práticas extensionistas em direção a uma proposta de desenvolvimento economicamente viável, socialmente justo, ambientalmente sustentável e politicamente livre e participativa. Assumir a responsabilidade socioambiental como valor indica um movimento para maior participação da comunidade acadêmica da UFOP na construção de políticas públicas nas três esferas da administração. A participação em conselhos municipais e o apoio à mobilização e qualificação de interlocutores para os debates de interesse público e social constituem meios para ampliar a interface da universidade com os ambientes nos quais ela se insere.

 

  • RESPEITO AO PLURALISMO DE IDEIAS
    O respeito ao pluralismo de ideias implica no reconhecimento de que indivíduos e grupos sociais diferentes observam e descrevem a realidade desde pontos de vista diferentes, informados por suas próprias experiências de vida. A premissa fundamental deste valor é a busca por mecanismos que favoreçam a expressão de todos os participantes nos processos de construção e transformação da sociedade, não havendo possibilidade da existência de perspectivas privilegiadas nos contextos de comunicação. A ideia é que alguns aspectos da realidade podem ser mais ou menos visíveis ou relevantes segundo a posição assumida pelo interlocutor, de modo que diferentes perspectivas tendem a ser complementares entre si, e o acesso a esses olhares permite um melhor reconhecimento do cenário de atuação. O respeito ao pluralismo de ideias privilegia a autoridade do argumento no qual as premissas são claramente descritas e compartilhadas, em detrimento do argumento de autoridade que tende a disfarçar as relações de força ao substituir a demonstração e análise das premissas pelo olhar supostamente mais autorizado de um grupo diante de outros. Não cabe à PROEX, seus comitês, ou a nenhuma outra instância autorizar ou reconhecer a existência das diversas possibilidades de compromissos sociais passíveis de integrar as práticas extensionistas. Contudo, não é toda concepção ideológica que se alinha ao pluralismo de ideias. Qualquer convicção que busque a hegemonia, almejando provar a superioridade da própria perspectiva em relação às demais não são compatíveis com este valor.

 

  • PROTAGONISMO DA COMUNIDADE
    Diante de contextos sociais perpassados por dinâmicas identitárias excludentes, diversos segmentos sociais buscaram responder às relações de poder organizando-se em movimentos e coletivos (sindicatos, associações de moradores, grupos engajados em causas sociais). Tais instâncias, empenhadas na melhoria das condições de vida da parcela da população de que fazem parte, prestam contribuições valiosas quanto ao indicativo das dificuldades existentes para o reconhecimento de suas demandas e das prioridades que as próprias comunidades elencam em seus processos de lutas e conquistas. Daí a importância de constituição de uma política extensionista na UFOP em atento diálogo com o engajamento cotidiano já implementado nas comunidades pelos próprios moradores ou agentes profissionais que aí atuam. Assumir o protagonismo da comunidade como um valor para a extensão universitária implica em um esforço para que as ações produzidas pela UFOP sejam propostas, acompanhadas e avaliadas em conjunto com os participantes das comunidades, e que mesmo as posições ocupadas no processo de execução dos projetos sejam negociadas conforme as experiências e necessidades cotidianas.

 

  • DIÁLOGO ENTRE AÇÕES EXTENSIONISTAS
    Dialogo interno implica em assumir que os projetos de extensão tendem a se enriquecer na interação com a comunidade acadêmica. Esse valor coloca em questão o esforço para que as ações de extensão sejam apresentadas dentro da UFOP, e também a possibilidade de projetos e programas distintos realizarem ações em regime de colaboração. Além disso há um ganho evidente tanto na melhoria dos processos da Pró-reitoria de Extensão, como na dinâmica de elaboração da política de extensão universitária, envolvendo docentes, discentes, técnicos e membros de comunidades. A expectativa é que a maior interação entre os projetos possibilite a promoção de uma contínua autocrítica quanto às prioridades e aos instrumentos da extensão na UFOP. Para tanto, os procedimentos de aprimoramento e avaliação da PROEX precisam ser permanentemente cotejados com as demandas e efetivas possibilidades da prática extensionista, acolhendo-se sugestões e questionamentos apresentados pelos próprios servidores, estimulando a participação de docentes em cargos e comitês por períodos previamente demarcados, ofertando-se formação e assessoria aos que atuam junto à PROEX. Somente desta maneira a academia, em geral, e a extensão, de forma específica, podem resguardar as condições exigidas para um debate democrático e inclusivo, que evite o tecnicismo, a burocratização e o enrijecimento teórico-conceitual e operacional.

 

  • FORMAÇÃO E INTEGRAÇÃO DE SABERES
    Almeja-se que a atuação extensionista opere como um polo formativo recíproco entre a Universidade e os espaços comunitários, favorecendo assim uma contínua e criativa reelaboração de saberes e fazeres, tanto acadêmicos como sociais. Desta forma, postula-se que a reflexão intelectual se torna mais balizada quando promovida em efetivo diálogo com demandas e movimentos da sociedade, ao invés de voltar-se para o “outro” como “objeto” de interesse científico ou sociopolítico. Para tanto, é fundamental que as experiências vivenciadas nas atuações extensionistas mantenham uma interface com o conhecimento sistematizado em diferentes modalidades, de eventos de curta duração a disciplinas eletivas, que contam com a presença de variados agentes envolvidos com a extensão, e não apenas com integrantes da comunidade universitária. Em paralelo, é importante que tais experiências sejam registradas sob distintas linguagens e sociabilizadas (vídeos, jornais impressos, murais, mídia eletrônica, artigos em periódicos de divulgação e científicos), para maior compartilhamento das práticas e interpretações a elas vinculados, num efetivo processo de inovação do saber-fazer.