A Sala de Vidro, espaço localizado no prédio do Restaurante Universitário (RU) no campus Morro do Cruzeiro foi aberta no dia 31 de outubro, com uma mostra artística de obras dos servidores da Universidade. A abertura da exposição “DA CASA, artes da UFOP” contou com a presença da TV UFOP, de técnicos, docentes, discentes e membros da comunidade, além de um momento de confraternização com lanches e música ao vivo. A exposição pode ser visitada até o dia 7 de novembro, das 10h30 às 15h. 

A mostra reúne trabalhos de servidores técnico-administrativos e docentes, ativos e aposentados, e foi desenvolvida para celebrar o Dia do Servidor Público, destacando o lado humano e criativo daqueles que se dedicam a garantir o funcionamento da instituição. 
 
Promovida pela Coordenadoria de Cultura (CCULT/PROEX), em parceria com a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEP), com apoio da Prefeitura do Campus (PRECAM) e do Sindicato Assufop, a exposição  marca a primeira ocupação artística e cultural aberta à comunidade. A curadoria foi realizada pela equipe de CCULT a partir de levantamentos feitos junto à PROGEP, identificando servidores artistas. 

Entre as expositoras esteve Benícia Ponciano, aposentada da UFOP desde 2011, que trabalhou por mais de três décadas nos setores de matrículas e vestibular da Universidade. Após a aposentadoria, Benícia descobriu no bordado uma nova forma de expressão. Sua obra exposta, intitulada São José Artesão, foi criada originalmente para uma mostra no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte. “O que eu mais gosto é agulha e linha. A cabeça voa nesses movimentos, é um momento que é muito seu, que ninguém te tira”, contou Benícia. 

Outra expositora é a professora Lia Porto, do curso de Engenharia Ambiental da UFOP, que encontrou no crochê e no bordado um espaço de criação e descanso em meio à rotina acadêmica. 

Durante a conversa, ela explicou que o Body Ceará foi produzido a partir de uma receita original da artesã Anne Galante, enquanto  a peça Borboleta Tia Leda nasceu durante uma visita à tia de 81 anos, onde aprendeu o chamado bordado de ponto contado.  “Eu fui passar 15 dias na casa dela só para aprender. Ela chama essa técnica de ponto contado, porque tem um pouco de tudo: crivo, ponto cruz duplo, ilhós, florzinhas que ela mesma inventou. Cada detalhe é feito com calma, com muito amor”, contou a professora.

Entre os participantes, também está o professor Hermano Velten, do Departamento de Física e coordenador do Observatório Astronômico da Escola de Minas, que levou à mostra um conjunto de fotografias astronômicas produzidas em parcerias com os alunos do curso de Física. As imagens são resultado de um projeto financiado pelo CNPq, que possibilitou a aquisição de telescópios, câmeras e softwares de tratamento digital. “Essas fotos são resultado do trabalho dos nossos bolsistas. Aqui, estou mais como mecenas do que artista propriamente dito”, contou Hermano, destacando a importância do envolvimento estudantil e do olhar científico no processo criativo.

Mais do que uma mostra de arte, “DA CASA, artes da UFOP” é uma celebração da dedicação e da criatividade de quem ajuda a construir a Universidade. A exposição também revela que a arte humaniza, inspira e lembra da importância de reservar tempo para cuidar de si.